... começaram de forma , direi, atribulada! Dos pouquíssimos bolos feitos em Dezembro (valores mais altos se alevantavam), dois foram prometidos a colegas da escola: elas faziam o seu tradicional bolo de Natal, e eu decorava-os. Ora, após as andanças da avaliação, a colega Liliana foi levar-me o referido bolo, no entanto, sem me avisar da sua visita, não me "apanhando", consequentemente, em casa. Para resolver a situação, entrou e deixou o seu bolito fechado num saco em cima do banco de jardim, nas traseiras. Depois de um atribulado dia ausente, regressei, à noite e, por acaso, deparei-me com um saco e uma boleira. Franzi a sobrancelha. "Não acredito!" Gritei a seguir! O saco estava rasgado! Havia miolos no chão! Havia miolos no banco! Havia miolos com fruta cristalizada! Era o bolo da Liliana!!!!!!!!!! Meti as mãos à cabeça, peguei no embrulho a correr, levei-o para dentro na esperança de estar errada, de não ter sido realmente o que eu suspeitava, mas era. O bolo encontrava-se cheio de marcas de dentadas, a toda a sua volta! Resposta ao mistério: um dos cães de uma das minhas vizinhas (que tanto gostam de visitar a minha casa - agora já não entram, pois já tenho o portão montado!) comeu o bolo da minha colega!!!! Pois é... E agora? Tinha de lhe telefonar. Fi-lo e contei-lhe o sucedido, mas ela muito calma disse-me "Olha, querida, corta esse bocado!" Ou seja, ela não tinha percebido bem a dimensão dos estragos! Solução: mandei-lhe uma foto pelo telemóvel. Resposta: "Raquel, filha, põe o bolo no lixo!" Esta passou de ser uma história preocupante e aflitiva para ser hilariante. Hoje, quando penso nisso, é um misto de emoções. Facto: o cão ficou, certamente, satisfeito!!!!