...fez com que a última mensagem esteja extremamente desactualizada, pois o tempo tem escasseado, pelo menos para escrever. Desde inícios de Fevereiro que a minha faceta de Florence Nightingale tem sido posta à prova, porém, o amor e o dever conjugal assim o quiseram. Desta forma, tem-se feito alguns bolos no intervalo de outras actividades mais prioritárias e familiares. Falando em bolos, acabei há poucos dias de viver aquela a que posso, de certeza, chamar o maior risco (para não chamar loucura) em que mergulhei até hoje. Culpa de quem? Do Pedro, um amigo que ia casar e queria fazer à noiva a surpresa do... BOLO! Isto não se faz a uma noiva! Pior, ele não queria um bolo elegante, de princesa, com andares às bolinhas ou florinhas. Ele simplesmente queria a igreja de São Roque! A minha resposta foi óbvia: nem penses! Mas a obstinação daquela criatura em ter um bolo original, com significado para ambos, foi tanta e tão cansativa que cedi. Agora que já passaram as dores das costas, até custa a acreditar as horas intermináveis dedicadas à decoração, mas confesso: valeu a pena pelas várias reacções. Do noivo: abraçou-me tanto e agradeceu-me a chorar por ter feito o que ele queria. Da noiva: o sorriso rasgado e surpreendido quando se viu como vestido igual e tudo. Dos convidados (sem saberem que a autora era eu): de espanto e elogio pela obra. E da minha filha: sempre que alguém questionava sobre quem tinha feito o bolo, ela sorria orgulhosa e respondia:"Foi a minha mãe!"